enfim

Mas, diga, como poderia exigir outra coisa senão lealdade?

É leal quem age às sombras, como ao bandido em quintal alheio?

Como se diz de atitude assim tão vil, tal qual o mitômano que viaja em nome de valiosa nação. Não são equivalentes quando ignoram a lealdade e agem às costas? Não são gatunos, excelsos gatunos, quando, a despeito das mentiras e falaciosas afirmações de imaculada honestidade, não é, nobres senhores, homens probos e magnânimos, esse que vossas indiscritíveis inclinações coroam, não é esse aquele que vos sepultará? Ah, nobres senhores, eis que de vossas indisfarçadas pilhérias, jocosas pilhérias, diga-se, não assenta razão alguma vosso apoio a tão vil monarca; sois vós, mais que àquele, os responsáveis pelo triste caminho seguido. Àquele nada mais resta senão o perdão destinado aos incapazes. A vós, sem piedade, o grilhão dos traidores, dos que à Nação viraram às costas. Sois a vileza. Sois a vileza encarnada, cultuada e cultivada como se cultiva o nobre alimento dos justos. Vós, ao contrário, cultivam o veneno

Eis aí, para na

esticar em demasia o que a mente dita, a constatação. A triste constatação de que ao trono se conduziu um mentecapto, um insensato e horrível ser. Nada mais. Nada mais triste que a materializacão da estupidez no mais elevado posto. Um barco à deriva. Nos tornamos um barco à deriva prestes a se se chocar com o Ice Berg, sem coletes salva -vidas. É disso que se trata, nada mais.

A constatação, a constatação, tal qual uma punhalada, fere. Não se esquece uma decepção; ela fica como tatuagem, pra não dizer ferida.

Todavia, sempre há todavia, não se esgotam, na deslealdade a ação levada a cabo, não. Ela, a deslealdade, ao contrário do que possa parecer, diz muito de quem agiu deslealmente. É torpe. É ignóbil. É triste.