Efêmero realismo

Será a vitória certa,

Neste mundo ilusório –

Marcado pelo retrocesso?

O distanciamento,

A crueldade –

Deixando vítimas,

Um rastro de sangue.

Não enxerga,

Quem não quer.

Relativizando,

Normalização.

O pecado –

O crime –

Como afronta.

Deixou de existir:

O certo,

O errado.

Não há mais limites,

Para atingir objetivos nefastos.

Persuadindo –

Impregnando –

Comprando –

Rendendo-se –

Ao Estado destruidor.

Arruinando vidas,

Excluindo –

Os que pensam diferente.

A ditadura –

Não mais velada.

A senhora democracia,

Pouco a pouco –

Calada.

Enquanto, houver vozes,

Lutando contra a repressão.

Crescentes serão as mentes,

Em expansão.

Extirpando por completo,

Este mal –

Desfazendo o caos.

Pensamentos contraditórios,

Atos alucinados.

A pequenez,

Grande demonstração da covardia -

Pungente hipocrisia.

Arruinando-nos –

Tombando como peças,

O entretenimento.

Nos jogos de azar dos governantes,

Onde brincam de Deus –

Mas não passam de meros coadjuvantes.

Ocupando o lugar,

Em que pode ser o próximo –

Efêmero realismo.

Quando finalmente,

O grande dia chegar –

Não haverá escapatória.

Não teremos para onde fugir,

De nada valerá o status social –

A ascensão,

Mudança de chave, primordial.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 12/09/2022
Código do texto: T7604037
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