Efêmero realismo
Será a vitória certa,
Neste mundo ilusório –
Marcado pelo retrocesso?
O distanciamento,
A crueldade –
Deixando vítimas,
Um rastro de sangue.
Não enxerga,
Quem não quer.
Relativizando,
Normalização.
O pecado –
O crime –
Como afronta.
Deixou de existir:
O certo,
O errado.
Não há mais limites,
Para atingir objetivos nefastos.
Persuadindo –
Impregnando –
Comprando –
Rendendo-se –
Ao Estado destruidor.
Arruinando vidas,
Excluindo –
Os que pensam diferente.
A ditadura –
Não mais velada.
A senhora democracia,
Pouco a pouco –
Calada.
Enquanto, houver vozes,
Lutando contra a repressão.
Crescentes serão as mentes,
Em expansão.
Extirpando por completo,
Este mal –
Desfazendo o caos.
Pensamentos contraditórios,
Atos alucinados.
A pequenez,
Grande demonstração da covardia -
Pungente hipocrisia.
Arruinando-nos –
Tombando como peças,
O entretenimento.
Nos jogos de azar dos governantes,
Onde brincam de Deus –
Mas não passam de meros coadjuvantes.
Ocupando o lugar,
Em que pode ser o próximo –
Efêmero realismo.
Quando finalmente,
O grande dia chegar –
Não haverá escapatória.
Não teremos para onde fugir,
De nada valerá o status social –
A ascensão,
Mudança de chave, primordial.
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