Distopia da manipulação
Realidade paralela,
Por onde anda a verdade?
Alucinações,
Completa dualidade.
Distopia da manipulação,
Jogo de ganância,
A ambição.
Acúmulo de riqueza,
Grande maioria na pobreza.
Massa falida,
Submergida na polarização.
Contraindo-se as mentes,
Na contramão da evolução.
Juízos imperfeitos,
Corpos doentes.
A sociedade e precarização,
Desfazendo-se do básico.
Escapando feito areia,
Em suas mãos.
Na arbitrariedade da escassez,
Reações inertes –
Perversa estupidez.
Na direção do consenso,
À olhos vistos,
O retrocesso.
Atitudes pelo avesso -
Pela vida do próximo,
O desprezo.
A militância em alta rotatividade,
O poderio bélico em ascensão.
Onde devia ser o contrário –
O desarmamento.
Porém, somos seres desprezíveis,
Sem o menor discernimento.
As cartas já foram marcadas,
Os abutres à espreita –
Loucos para enfiar as garras,
Não há trégua –
Nesta banal guerra.
Quantas vidas mais tombarão,
Neste dilema de azar?
Não basta o vírus sufocando,
Arrefecendo o ar.
Sacrifício sórdido e delirante,
Pecados, crimes e conchavos.
Diga-me em que lado está,
Desfazendo-se dos atrativos.
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