Distopia da manipulação

Realidade paralela,

Por onde anda a verdade?

Alucinações,

Completa dualidade.

Distopia da manipulação,

Jogo de ganância,

A ambição.

Acúmulo de riqueza,

Grande maioria na pobreza.

Massa falida,

Submergida na polarização.

Contraindo-se as mentes,

Na contramão da evolução.

Juízos imperfeitos,

Corpos doentes.

A sociedade e precarização,

Desfazendo-se do básico.

Escapando feito areia,

Em suas mãos.

Na arbitrariedade da escassez,

Reações inertes –

Perversa estupidez.

Na direção do consenso,

À olhos vistos,

O retrocesso.

Atitudes pelo avesso -

Pela vida do próximo,

O desprezo.

A militância em alta rotatividade,

O poderio bélico em ascensão.

Onde devia ser o contrário –

O desarmamento.

Porém, somos seres desprezíveis,

Sem o menor discernimento.

As cartas já foram marcadas,

Os abutres à espreita –

Loucos para enfiar as garras,

Não há trégua –

Nesta banal guerra.

Quantas vidas mais tombarão,

Neste dilema de azar?

Não basta o vírus sufocando,

Arrefecendo o ar.

Sacrifício sórdido e delirante,

Pecados, crimes e conchavos.

Diga-me em que lado está,

Desfazendo-se dos atrativos.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 12/09/2022
Código do texto: T7604024
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