Artimanhas da dissimulação

Presenteados com mais um dia,

A vida acontece sem muitas pretensões.

O sangue correndo quente, realizando o seu papel,

O oxigênio fluindo.

Às vezes, algo soa fora do tom,

Inconstante –

Entorpecendo a aura.

Mesmo que nada ressoe,

Ao modo em que desejamos –

Há o mito da esperança.

O anseio para que o novo aconteça,

Embora criando expectativas –

Acontecendo as decepções.

Jamais devemos nos entregar,

Em alta vibração –

Tudo se encaixará com o tempo.

Resultando em pequenas perfeições,

Nas humanas imperfeições.

O que é de concreto – Vital,

Um dia ressurgirá.

Os acontecimentos nem sempre a contento,

Reverbera na aura.

Não podemos nos abater –

O entretenimento diário,

As tarefas,

São resultado de boa convivência.

A capacidade da eloquência -

No mundo atual,

É tão desafiadora,

Quanto ao medo -

De não sermos aceitos.

A maldade – O caos –

Possuem artimanhas da dissimulação,

Contribuindo com as contendas.

Realizando a banal bagunça,

Retirando tudo fora do lugar.

Invertendo as trajetórias,

Em um universo enigmático.

Onde precisamos provar,

Estabelecendo metas -

Para não criarmos contradições.

Nada condiz com os pensamentos,

Realidade paralela –

Desprendida da verdade.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 12/09/2022
Código do texto: T7604008
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