Artimanhas da dissimulação
Presenteados com mais um dia,
A vida acontece sem muitas pretensões.
O sangue correndo quente, realizando o seu papel,
O oxigênio fluindo.
Às vezes, algo soa fora do tom,
Inconstante –
Entorpecendo a aura.
Mesmo que nada ressoe,
Ao modo em que desejamos –
Há o mito da esperança.
O anseio para que o novo aconteça,
Embora criando expectativas –
Acontecendo as decepções.
Jamais devemos nos entregar,
Em alta vibração –
Tudo se encaixará com o tempo.
Resultando em pequenas perfeições,
Nas humanas imperfeições.
O que é de concreto – Vital,
Um dia ressurgirá.
Os acontecimentos nem sempre a contento,
Reverbera na aura.
Não podemos nos abater –
O entretenimento diário,
As tarefas,
São resultado de boa convivência.
A capacidade da eloquência -
No mundo atual,
É tão desafiadora,
Quanto ao medo -
De não sermos aceitos.
A maldade – O caos –
Possuem artimanhas da dissimulação,
Contribuindo com as contendas.
Realizando a banal bagunça,
Retirando tudo fora do lugar.
Invertendo as trajetórias,
Em um universo enigmático.
Onde precisamos provar,
Estabelecendo metas -
Para não criarmos contradições.
Nada condiz com os pensamentos,
Realidade paralela –
Desprendida da verdade.
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