Justiça cega
Ao paladar o gosto amargo da injustiça,
Uma sensação de revolta –
Transcendendo o dia.
Baixa vibração,
Na luz desfocada da visão.
Em horas solares –
Onde o raio cai certeiro,
Impondo pela força a destruição.
Quem sabe em algum momento,
Se dá a reviravolta?
O tempo não volta atrás,
Pelas leis naturais –
Não acontece a ressuscitação.
Mas que a justiça seja feita,
Devolvendo um ar de novidades -
Onde as tragédias possam ser evitadas.
No momento presente,
O egoísmo é colocado em primeiro lugar.
A lealdade é descartada,
Como algo indesejado.
A resiliência nos faz sobreviver,
Sobre uma coluna pueril da hipocrisia.
Pessoas desprezíveis,
Movidas por uma disputa de interesses -
Com o único intuito em se dar bem,
Reconhecendo entre si os psicopatas,
Em devaneios alucinógenos -
Impregnados por falso autoritarismo.
A mesma justiça que é falha,
Também fecha o seu olhar –
Para a triste realidade,
Principalmente, para a verdade.
Alicerçada na mentira,
Levando para si quem paga mais.
Rendendo-se à motivações torpes,
Em jogos de disputas –
Velho cabo de guerra.
Jogando-nos de um lado para o escanteio,
Principalmente, quem mais necessita.
Arrefecendo as oportunidades,
Fechando em nossas faces,
Na cara dura – As portas.
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