Justiça cega

Ao paladar o gosto amargo da injustiça,

Uma sensação de revolta –

Transcendendo o dia.

Baixa vibração,

Na luz desfocada da visão.

Em horas solares –

Onde o raio cai certeiro,

Impondo pela força a destruição.

Quem sabe em algum momento,

Se dá a reviravolta?

O tempo não volta atrás,

Pelas leis naturais –

Não acontece a ressuscitação.

Mas que a justiça seja feita,

Devolvendo um ar de novidades -

Onde as tragédias possam ser evitadas.

No momento presente,

O egoísmo é colocado em primeiro lugar.

A lealdade é descartada,

Como algo indesejado.

A resiliência nos faz sobreviver,

Sobre uma coluna pueril da hipocrisia.

Pessoas desprezíveis,

Movidas por uma disputa de interesses -

Com o único intuito em se dar bem,

Reconhecendo entre si os psicopatas,

Em devaneios alucinógenos -

Impregnados por falso autoritarismo.

A mesma justiça que é falha,

Também fecha o seu olhar –

Para a triste realidade,

Principalmente, para a verdade.

Alicerçada na mentira,

Levando para si quem paga mais.

Rendendo-se à motivações torpes,

Em jogos de disputas –

Velho cabo de guerra.

Jogando-nos de um lado para o escanteio,

Principalmente, quem mais necessita.

Arrefecendo as oportunidades,

Fechando em nossas faces,

Na cara dura – As portas.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 11/09/2022
Código do texto: T7603208
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