“DEPOIS DO CREPÚSCULO”.
(Prosa poética).
Depois do crepúsculo, o silêncio;
Nenhum pássaro a cantar...
Eu não vi mais a luz do sol
Dormia no ninho meu sabiá...
Longe dali, dormia minha doce amada,
Ou estaria nos braços de outro?
A duvida consumia o meu ser
A paixão não me deixava raciocinar;
Então o sono me abandona
A solidão deita ao meu lado...
Eu olho para o lado está vazio
Um travesseiro frio... Onde ela está?
A noite avança, vem a esperança,
Vem a vontade de cantar...
Meu violão vence a solidão
Dedilho algumas canções,
A madrugada espalha o som
Vou a janela, cantarolando...
Sento na porta e canto, para as estrelas,
A lua brilha, é a companheira;
O peito solta as mágoas
E o brilho das águas...
Parece a voz de ela a cantar;
E a madrugada dá lugar pra aurora
Os primeiros raios começam brilhar
A brisa é mansa, parece que dançam;
As estrelinhas a brilhar...
Eu guardo então meu violão
E saio então... A procurá-la.