Destino à espreita
Ninguém nunca sabe o dia de amanhã,
Para ficar arrotando burguesia falsificada –
Ilustrando um quadro que não existe.
Pobres disfarçados de ricos,
O destino à espreita –
Pronto para dar o bote,
Feito uma cobra peçonhenta.
De um segundo para o outro,
Tudo muda de figura.
O estado perecível de graça,
Caindo em desgraça -
Dias e dias, dando-se bem.
Chega um momento,
A armadilha é acionada.
Testando o livre arbítrio,
Com ou sem postura.
Mostrando realmente:
O lado em que está,
Encima do muro –
Não é o lugar.
A abominação,
A falta de compostura.
Demonstrando o prisma,
A visão mais perversa –
De uma mente doentia.
Os fatos são reveladores,
Entre a cruz e a espada -
Intrigantes detratores.
Urgência para novos desafios,
Será?
Passando por cima de tudo,
E de todos –
Podre carniça,
No estado aleatório.
Talvez o passar do tempo,
É apenas um capricho.
Mergulhados na rotina,
Querendo se mostrar aos demais.
Faz parte da franca vaidade,
Fazer-se sempre presente.
No jogo da discórdia,
Alimenta a aura na realidade –
Repugnante o destempero,
A maldade alheia.
No imbróglio da superação,
Refazendo-se a cada realização.
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