Impugnação dos fatos

A humanidade –

Seres ditos irracionais.

No íntimo de seu primitismo,

Agem como irracionais.

Ao outro, semelhante ou não,

Descarrega toda a sua raiva.

Destilando o ódio e o rancor,

Perpetuando a falta de amor.

Em tempos atuais,

O antagonismo do passado –

Refutando no futuro.

Em sobressaltos, os apuros,

A injustiça e toda a imperfeição.

Com toda a tecnologia,

Na contramão da razão.

O livre arbítrio,

Qual é o álibi para a defesa?

As mazelas –

Colocando as cartas sobre a mesa.

Na quimera alucinógena,

Levando-nos a fugir da realidade -

O metaverso fora do contexto.

Triste falha na linha do atemporal,

Ou mero relapso intencional.

Desfavorecem-nos os acontecimentos,

Invertendo as ordens naturais.

Condensando o espaço tempo,

Aleatoriamente –

Na impugnação dos fatos,

Transitoriedade.

Quem somos realmente?

Por que travamos está batalha,

Com o inconsciente?

A razão e a emoção,

Nesta guerra infinita –

Em nosso interior.

Não cedendo espaço –

Para o discernimento.

Às vezes, ou na maioria delas,

A crueldade no centro dos acontecimentos.

Fazendo-nos cair abruptamente,

Em uma espiral sem saída.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 10/09/2022
Código do texto: T7602529
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