Impugnação dos fatos
A humanidade –
Seres ditos irracionais.
No íntimo de seu primitismo,
Agem como irracionais.
Ao outro, semelhante ou não,
Descarrega toda a sua raiva.
Destilando o ódio e o rancor,
Perpetuando a falta de amor.
Em tempos atuais,
O antagonismo do passado –
Refutando no futuro.
Em sobressaltos, os apuros,
A injustiça e toda a imperfeição.
Com toda a tecnologia,
Na contramão da razão.
O livre arbítrio,
Qual é o álibi para a defesa?
As mazelas –
Colocando as cartas sobre a mesa.
Na quimera alucinógena,
Levando-nos a fugir da realidade -
O metaverso fora do contexto.
Triste falha na linha do atemporal,
Ou mero relapso intencional.
Desfavorecem-nos os acontecimentos,
Invertendo as ordens naturais.
Condensando o espaço tempo,
Aleatoriamente –
Na impugnação dos fatos,
Transitoriedade.
Quem somos realmente?
Por que travamos está batalha,
Com o inconsciente?
A razão e a emoção,
Nesta guerra infinita –
Em nosso interior.
Não cedendo espaço –
Para o discernimento.
Às vezes, ou na maioria delas,
A crueldade no centro dos acontecimentos.
Fazendo-nos cair abruptamente,
Em uma espiral sem saída.
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