Resiliência em combustão

Semelhantes,

Diante a introspecção de conteúdos.

Desfavoráveis quanto a nossa condição humana,

Corpos volúveis – Frágeis.

Em meio a eternidade do tempo,

Quantas questões a serem resolvidas?

O mesmo tempo que engrandece é tão efêmero,

Quanto a veleidade do infinito.

Entorpecidos por nossa própria insignificância,

Embriagados em dissonante vaidade.

Na soberba que vicia,

Em palavras sem nenhum fundamento.

Castelos desmoronando em mentes inférteis,

Na propagação do caos –

Transitória maldade.

Inquieta felicidade,

Arbitrária realidade.

As perguntas são infundadas,

Sem nenhum alicerce.

A base corroída pela ferrugem,

Que se apodera de tudo.

Incontáveis são os tombamentos,

A injustiça realizando tragédias.

Incontáveis – Desfavoráveis -

Sem memória,

Intolerante perspectiva –

Sem nenhuma expectativa.

Alimentando a solidão,

Causando angústia.

Na espera por dias de paz,

Como faremos –

Se não corremos atrás?

Pertinente alucinação,

O que será do futuro –

De seres manipulados?

Ao bel prazer – Aniquilados,

Sem nenhum resquício de remorso.

Incerta constatação,

A resiliência em combustão.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 09/09/2022
Código do texto: T7601876
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