Quase ninguém vê
eu vou contato as horas
e acertando os passos
no meu caminhar desacompanhado
cheio de ideias, vontades próprias, desejos e delírios
nos buracos meus – que quase ninguém vê
vou abrindo espaços
imaginando borboletas soltas
nos dias imprevisíveis deixo ir o que não posso prender
do meu jeito imperfeito,
me acolho, me abraço, me refaço
com as palavras escritas me alimento de novas possibilidades
com agradecimento me liberto do caos efêmero
tão raros, tão caros, tão claros
Tão necessários para o meu aprimoramento...
PoétiCa com Terapias
Setembro 2022