As Fábulas de uma memória atemporal

Como em um sonho malogrado e cansado

Tudo se passava rapidamente entre mundos

Realidade e ilusão se confundiam na teatralidade dos dias

Os sentimentos se confundiam em uma fusão burlesca

Era como a sensação de andar nu

O chão se derretia e ouvia vozes nos ventos

Parecia que havia pesos amarrados ao seu corpo

Milhões de vozes contavam histórias

Entre elas não estava sendo ouvida nenhuma

Que contasse a epopeia do esquecimento

Dos caminhos que levarão à perdição isolada

Aquele tom cansativo se repetiu por anos

Até colapsar em um estado de pavor e pânico

Aquele estado de torpor e cansaço

De tanto repetir uma mesma soma

Uma nuvem que seguia sua sombra onde fosse

Uma aquarela de tons cinza que coloria os dias

Um coração cheio de certezas foi feito em mil pedaços

Um sonho infantil encontrou a maturidade torpe

Entre mundos só havia este que girava em torno de si

Se perdera em mil ilusões e se desfazia em uma atitude loquaz

Dias sem brilho se esvaiam em sombras fugazes

Caminhos tortuosos se multiplicavam vorazmente

Para sua cama fria.

Luiz Revell
Enviado por Luiz Revell em 04/09/2022
Código do texto: T7598257
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