As Fábulas de uma memória atemporal
Como em um sonho malogrado e cansado
Tudo se passava rapidamente entre mundos
Realidade e ilusão se confundiam na teatralidade dos dias
Os sentimentos se confundiam em uma fusão burlesca
Era como a sensação de andar nu
O chão se derretia e ouvia vozes nos ventos
Parecia que havia pesos amarrados ao seu corpo
Milhões de vozes contavam histórias
Entre elas não estava sendo ouvida nenhuma
Que contasse a epopeia do esquecimento
Dos caminhos que levarão à perdição isolada
Aquele tom cansativo se repetiu por anos
Até colapsar em um estado de pavor e pânico
Aquele estado de torpor e cansaço
De tanto repetir uma mesma soma
Uma nuvem que seguia sua sombra onde fosse
Uma aquarela de tons cinza que coloria os dias
Um coração cheio de certezas foi feito em mil pedaços
Um sonho infantil encontrou a maturidade torpe
Entre mundos só havia este que girava em torno de si
Se perdera em mil ilusões e se desfazia em uma atitude loquaz
Dias sem brilho se esvaiam em sombras fugazes
Caminhos tortuosos se multiplicavam vorazmente
Para sua cama fria.