AMAR É DIVINO, MAS SER AMADO É SUBLIME.
- 30/11/07 -
Para a minha amada, que é para mim a luz e o fogo.
Ó minha amada, quantas vezes meu amor, eu te amei sem ao menos ver-te e, talvez, até estivesse tão somente alimentado pelas tuas desconhecidas lembranças.
Quantos anos eu fiquei sem reconhecer os teus lindos olhos verdes, sem fitá-los, sem beijar a tua boca abrasadora, eu perdido nos confins de mim mesmo, somente experimentava o aroma dos bosques e o cheiro verde das montanhas do “Bonja”.
Talvez até tenha te visto num jardim de liquens e bromélias, suntuosamente arborizado, quando levantavas a taça da beleza propiciando arte nessas nativas sem jeito.
Supus ainda minha amada, ver-te cingida na cintura com os laços do arco-íris, naquele momento, eram os meus olhos ocultos que te tocavam, e tu, como já me pressentias, deixavas vestígios teus no meu berço misterioso que clamava por ti.
Tu eras uma desconhecida e amada mulher.
Confesso que te amei sem que tu soubesses, e assim, ensimesmado busquei a tua memória e entrei numa casa eletrônica vazia e, com os meus olhos tristes, irresponsavelmente roubei o teu lindo retrato e a sombra da tua ternura me encantou.
E eu ainda não sabia como tu eras e, de repente, eu te toquei e toda a minha vida no alto daquela serra se deteve atônita, diante dos teus lindos olhos de esmeraldas fugidias.
Agora, tu és para mim luz e fogo que arde nos bosques do Bonja, porque de luz e fogo é feito o teu reino de amor.