Afinal,
me diga quem tu és?
De que outro modo seriam possíveis, a feitura de belos poemas
Sem terem neles impregnados, tua face e a tua ilustre presença?
A quem eu, medíocre e releis poeta nos meus momentos, me socorreria
Sem tu estares perto, tu que é na proporção, o que seria para poesia...?
-A luz avivada, intensa e fulgurante, forte e aquecida
-...combustível, a moverem e a movimentarem, versos e vidas
-O tal calorzinho da chapa do fogão, a chama, o fogo e a lenha!
Quem mais que você (e me responda, sem falsa modéstia...), teria tantos poderes
E quem iria conter, como só tu contém, o remédio mais poderoso...?
Servido com tanto carinho, doce e amornado, num cálice d’ouro sagrado
Aquilo que por si só, já é tão belo, fantástico e encantado (a natureza)?
-O que faz ter sentido combinar nos extremos, amor e dor
-O segredo que dá a “liga", ligando ao mel, à abelha, à flor e o beija flor
-Quem tem poder além de ti, de tornar mais..., o que já é tão gracioso!
A quem, literalmente, todas as palavras e letras, obedecem, respeitam e interagem
E quem sempre cai tão bem, quando presentes em hinos, cânticos, cantigas e prosas?
-Naquele momento único e sublime, impagável e reconstituinte, à beira de um rio
-Numa pescaria de mansas corredeiras, rasas e serenas ou em águas de mares bravios
-A dar, a sensação exata e tão esperada, como na hora “H” do jogo, o grito de “gooool
-A satisfação inenarrável de se poder, colher e comer o puro alimento que se plantou
-Quem está literalmente no auge e implícita em todos os temas de poemas, e de amor, como no prazer de se falar da beleza e do perfume de todas as rosas!
...quem mesmo?