LIBERTOS
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Venha meu amor,
buscar-me em seu cavalo alado.
Quero sair sem destino.
Ao seu lado vou me tornar peregrina!
Vou ressurgir do casulo de mim mesma!
Irei à busca da vida.
Venha meu ser amado,
toma-me em seus braços
sem deixar-me tempo para pensar
se o que faço é certo ou errado
se por instinto, loucura ou amor.
Venha, leva-me
aos lugares mais longínquos
onde eu possa vislumbrar um paraíso infinito
onde haja mares, rios,
campos floridos...
Recolha-me às mais lindas paisagens
onde as únicas imagens humanas
sejamos nós, libertos no mundo.
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