Diagnóstico de putrefação

Pouco a pouco –

Estamos perecendo.

A Terra –

O nosso habitat sacrificado.

Rarefeito – Ar puro –

Oxigenado.

Em seu lugar –

A poluição.

Ao pai da criação –

A decepção.

Para quê o raciocínio lógico,

Se fomentamos a involução?

Seres inescrupulosos,

Pensamentos na ambição.

Na fome em obter –

Dissimulada ostentação.

Espalhando o descaso,

Crimes e pecados.

Repugnante moral,

Do ser existencial.

Sem cogitar o dia de amanhã,

A mente em vida –

Diagnóstico de putrefação.

Condicionados ao não raciocínio,

Tratados como números.

Apenas mais um,

Na imensa estatística.

Os “grandes líderes”,

Promovendo a guerra –

Alimentando o medo,

A desgraça e o desespero.

A grande praga do século XXI,

Deparando-nos em meio ao tiroteio.

No futuro que descortina incerto,

Rodeados por ameaças.

A gentileza se tornando mais escassa,

O desejo permanece para a guinada.

Ao chegarmos na bifurcação,

No meio da estrada –

Para não cometermos os mesmos erros,

Tenhamos o discernimento.

E façamos prevalecer –

A verdadeira realidade.

Não este martírio que nos aprisiona,

Em noites e dias de agonia.

Sem sabermos o que acontecerá,

No segundo seguinte.

A vida na Terra –

É uma caixa de surpresas.

Onde sobressai a sobrevivência,

E o viver em suspensão.

Aguardando o despertar –

Da consciência – A expansão.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 23/08/2022
Código do texto: T7588849
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