Na voz da piedade
A vida resiste ultrapassando essas trevas oxidadas e ferruginosas com a lentidão distante do tempo que devora tudo, até a última morte que arde como uma serpente inútil e arrasadora.
Esse hostil e emaranhado rancor poderá voltar dando voz a essa piedade ofendida, com a dureza da razão que é como uma nova dor a cada dia, esse destino de cólera alimenta-se de silêncios , de dívidas e dúvidas, de urgências e alguns egoísmos.
Ninguém é dono das portas que abrem o infinito, e matamos as perguntas esperando respostas dos nossos inimigos que cometem o crime de mentir com a verdade.