Prazeres fúteis

Espaço desconexo da alienação,

A Terra sofrendo agressões.

Em algum momento,

Haverá a reação.

A sociedade soa como uma praga,

Na disfunção do alter ego.

Com leis narcisistas,

Inflando a alma cheia de egoísmo -

Sem nenhum vínculo com a ascensão.

Será que existe algum caminho,

Para fugir desses imensos labirintos?

Onde a necessidade do ódio é plausível,

Em falas e oratórias –

Falsos púlpitos ou palanques,

Nos quais dizem ser consagrados.

A quem?

À Deus ou ao diabo?

Fingindo tangente comoção,

Seres volúveis –

Corruptíveis –

Idolatrados –

Por trás de toda santidade.

Impera o pecado,

Recriando efêmera cortina de fumaça –

No ilusionismo do dia a dia.

Vários são os questionamentos,

Repletos de incertezas –

Sem nenhuma autenticidade.

Mentes sombrias -

Sobrecarregando a sagacidade,

Em um turbilhão de sentimentos.

Quem é que fala a verdade?

A grande certeza é o desapontamento,

Deparando-nos sempre com a encruzilhada.

Nenhuma forma de detenção,

O que planejamos é quimera ilusão.

De prazeres fúteis,

Fomentando o existencial.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 19/08/2022
Código do texto: T7585906
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