Prazeres fúteis
Espaço desconexo da alienação,
A Terra sofrendo agressões.
Em algum momento,
Haverá a reação.
A sociedade soa como uma praga,
Na disfunção do alter ego.
Com leis narcisistas,
Inflando a alma cheia de egoísmo -
Sem nenhum vínculo com a ascensão.
Será que existe algum caminho,
Para fugir desses imensos labirintos?
Onde a necessidade do ódio é plausível,
Em falas e oratórias –
Falsos púlpitos ou palanques,
Nos quais dizem ser consagrados.
A quem?
À Deus ou ao diabo?
Fingindo tangente comoção,
Seres volúveis –
Corruptíveis –
Idolatrados –
Por trás de toda santidade.
Impera o pecado,
Recriando efêmera cortina de fumaça –
No ilusionismo do dia a dia.
Vários são os questionamentos,
Repletos de incertezas –
Sem nenhuma autenticidade.
Mentes sombrias -
Sobrecarregando a sagacidade,
Em um turbilhão de sentimentos.
Quem é que fala a verdade?
A grande certeza é o desapontamento,
Deparando-nos sempre com a encruzilhada.
Nenhuma forma de detenção,
O que planejamos é quimera ilusão.
De prazeres fúteis,
Fomentando o existencial.
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