Presença real da ausência de alguém ou de algo
Pois é, Maurício...
... a cada manhã - e não nos é surpresa alguma, sujeitamo-nos a flores e espinhos, as nossas histórias tendem mesmo a serem escritas com essas nuances bem presentes em inúmeras partes do caminho, como que salpicando-o com uma receita peculiar, muitas vezes, bem picantes.
Pois é...
... e, no tocante às saudades, e nelas pensando como sendo as 'presenças reais das ausências de alguém e/ou de algo bastante querido', verifico o quão recorrentes tais sentimentos são em nossos cotidianos, os quais, de alguma maneira, abarcam o coração e a mente de uma coletividade abrangida por aspectos comuns.
Observo que, em alguns casos, as emoções explodem com calorosa alegria e inebriam os corações, ao contrário de outras circunstâncias, que os quebrantam e os fazem sofrer consideravelmente.
Ambas as situações, sejam elas espinhosas ou florais, talvez, advenham de experiências vividas que, em algum momento, foram importantes e imprimiram marcas àqueles que as viveram. Alegramo-nos, sim, com a sensação de revivermos algo que nos agradou, e, numa espécie de contrapartida, contristamo-nos, desejosos de não mais experienciar uma específica adversidade, a qual ainda ruboriza uma cicatriz.
Há, também, a possibilidade de vivenciarmos mistas emoções, com a lembrança daquilo que experienciamos e foi bom - pois isso nos renova a alegria -, porém, refere-se a algo do tempo pretérito, que não mais se faz presente em nossos cotidianos; essa constatação de ausência, por sua vez, muito nos entristece, embora tenhamos grande prazer em recordar tal passagem. Daí, advém aquilo que aqui chamo de 'misto emotivo'.
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INTERAGINDO COM O POETA MAURÍCIO DE OLIVEIRA.
REFERÊNCIA:
https://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/7584363