O que me surgiu no fim de tarde
Não cuido de ti motivado por amor.
O que pulsa em mim é compaixão pelas almas solitárias.
Assim que estiveres bem acompanhada, a deixarei
— Como as folhas deixam o ramo de uma árvore.
Hei de observar-te, distante e dolorido.
Hei de afogar minhas dores noutro lugar,
Senão nos melindres dos nossos breves encontros.
Culpa-me, se me veres alienado.
Imerso em uma apatia de aparência convincente.
Por dentro, sinto até o que não vejo.
Padeço, silente, nos braços da minha própria filosofia.
O importante é que caminhas mais livre,
Mesmo que não percebas.
Enfim.