Costumaz burguesia

Justiça –

Tardia -

Será que a teremos algum dia?

A pregação –

O aparato do bom cristão,

Na tela da televisão.

Antiga visão,

De um país inteiro –

Aprofundado na polarização,

Lavagem cerebral -

Em tempo surreal.

No horário eleitoral,

Estampado a hipocrisia.

De políticos –

Transvestidos de bons samaritanos.

De enriquecer,

De encher os próprios cofres –

Este são os seus planos.

Costumaz parcela da burguesia,

Observando o próprio umbigo.

O próximo que se ferre,

O psicopata fazendo escola.

Aos pobres migalhas –

As esmolas.

O aprendizado a favor do mal,

Sobrevivendo no momento crucial.

Entre a cruz e a espada,

Trilhando devagar.

Na bamba corda,

A cada segundo novo desafio.

No fio da navalha,

Seja no calor ou no frio.

A pele negra arrepiada,

No farfalhar do estampido.

O tiro de fuzil,

Em sua direção.

Nem sempre há escapatória,

Na hora H,

No instante do julgamento.

Em segundos,

A vida vira um tormento.

O pesadelo,

Com os olhos bem abertos.

Ensanguentados os sonhos,

Escorrendo pela sarjeta –

Com a porta do desespero aberta.

Tudo isso não passa de uma quimera,

Uma ilusão.

Todos nós terminaremos do mesmo modo,

Traçados são os nossos destinos.

Em um buraco –

Ou na mesma vala comum,

Viraremos pó.

Por que tamanha exclusão?

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 13/08/2022
Código do texto: T7581584
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