Lavagem cerebral

É forte a pressão sobre as nossas cabeças:

Faça isso –

Faça aquilo –

Compre –

Vote –

Conquiste –

Gaste –

Infinita lista de contradições.

Dissonante alucinação,

Na crescente polarização –

De um país desconstruído,

Aniquilado pela ambição.

Lavagem cerebral –

A influência,

Atribuindo ideias fajutas.

O poder da aquisição,

A repaginada santa inquisição –

De santidade não tem nada.

Falsos pudores –

Lobos em peles de cordeiros.

Não disfarçam mais,

Demonstram na cara dura ao que vieram.

Governo nefasto,

Espelhando-se em mentes sombrias.

Sussurrando nos ouvidos,

Despertando velhos espíritos malignos.

Escondendo-se em trapaças,

Teatro macabro -

Promovendo antagônica comoção.

Remexendo os pauzinhos –

Puxando a sardinha para o seu lado.

Almejando a maior parte do quinhão,

Lá fora, a violência em explosão.

Corpos aniquilados –

Mutilados –

Em nome de quê?

A favor de quem?

Velha ditadura velada,

Não mais em doses homeopáticas.

Barril de pólvora,

Na iminência de explodir -

Salve-se quem puder.

Os poderosos blindados,

Por uma falsa percepção.

Entretanto, a população –

Sob o poder da gentrificação.

Represada em becos e vielas,

Áreas denominadas de favelas.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 10/08/2022
Código do texto: T7579253
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