Vícios ilusórios

Vícios e virtudes –

Contradições e solicitudes.

O amargo sabor,

Indo ao contrário do verdadeiro paladar.

Como sobreviver –

Apenas com o mínimo?

Entregue ao marasmo –

Concepções,

Desnorteado em decepções.

A felicidade,

Momento tardio –

Este comumente não chega.

O que nos mantém vivos,

É a esperança –

De que algum dia possa ser melhor,

Do que hoje –

Do que ontem –

Ou de anos atrás.

Caminhamos lentamente,

Apoiados em uma bengala invisível.

Muitas das vezes nos arrastando,

Escondendo-nos atrás de falsos sorrisos.

Sob uma falsa máscara da hipocrisia,

Fingindo está tudo bem.

Quando na verdade sabemos,

Que o mundo desmorona –

Sobre as nossas cabeças,

Dilacerando os corações.

É um amanhecer atrás do outro,

Em que nada modifica a realidade –

De solavancos e atropelos.

Os governantes de um país ilusório,

Seguindo com os desmandos -

Recriando utópica sensação de segurança,

De onde não enxergamos –

O trajeto da bala perdida,

Que sempre encontra algum corpo distraído:

Para se alojar nele.

Há controvérsias –

Questões tenebrosas –

Perversas índoles –

Mal caratismo –

Afugentando a fantasia,

Na lavagem cerebral cotidiana.

A resiliência na queda vertiginosa,

Acabando com os sonhos surreais –

De alguma conquista,

Mais um número - Estatística.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 10/08/2022
Código do texto: T7579241
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