Dimensão turbulenta
Muitas das vezes,
O destino envia os seus recados –
Demonstrando os seus sinais.
Fingindo-nos de cegos,
Ou não querendo ler nas entrelinhas –
A releitura se torna ineficaz.
Nem sempre em tudo há uma razão,
Ou qualquer entendimento –
Para ser.
Lembranças de energias passadas,
Reverberando pela memória.
As sensações tocando em braile,
Ecoando as reações.
Nesta realidade,
Sobrevivemos entorpecidos –
Em abundante crueldade.
O caos nos rodeando,
Em qualquer direção.
Almejando com toda força,
Um instante de alegria.
E nem ao menos somos lembrados,
Na correria diária – Fragilizados.
Bibelôs na estante,
Adeptos à sujeira.
Imóveis – Aniquilados,
Apenas um receptor qualquer –
Em meio à tantos outros,
Buscando algum significado.
O motivo para coexistir,
Em uma dimensão tão turbulenta.
Onde os julgamentos,
São atribuídos de forma gratuita.
Ninguém perde tempo,
Em averiguar os fatos.
Abastecendo-se de achismos,
Alimenta a indústria do cancelamento.
O mundo –
As pessoas mergulhadas na intolerância;
De pavio curto,
Defendendo ideias vis -
Não abrangendo o espaço para o discernimento,
Causando tremendo estardalhaço.
Somos poeira cósmica,
Algum dia voltaremos a sermos pó –
Sem nenhuma significância.
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