Dimensão turbulenta

Muitas das vezes,

O destino envia os seus recados –

Demonstrando os seus sinais.

Fingindo-nos de cegos,

Ou não querendo ler nas entrelinhas –

A releitura se torna ineficaz.

Nem sempre em tudo há uma razão,

Ou qualquer entendimento –

Para ser.

Lembranças de energias passadas,

Reverberando pela memória.

As sensações tocando em braile,

Ecoando as reações.

Nesta realidade,

Sobrevivemos entorpecidos –

Em abundante crueldade.

O caos nos rodeando,

Em qualquer direção.

Almejando com toda força,

Um instante de alegria.

E nem ao menos somos lembrados,

Na correria diária – Fragilizados.

Bibelôs na estante,

Adeptos à sujeira.

Imóveis – Aniquilados,

Apenas um receptor qualquer –

Em meio à tantos outros,

Buscando algum significado.

O motivo para coexistir,

Em uma dimensão tão turbulenta.

Onde os julgamentos,

São atribuídos de forma gratuita.

Ninguém perde tempo,

Em averiguar os fatos.

Abastecendo-se de achismos,

Alimenta a indústria do cancelamento.

O mundo –

As pessoas mergulhadas na intolerância;

De pavio curto,

Defendendo ideias vis -

Não abrangendo o espaço para o discernimento,

Causando tremendo estardalhaço.

Somos poeira cósmica,

Algum dia voltaremos a sermos pó –

Sem nenhuma significância.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 09/08/2022
Código do texto: T7578531
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