Pleito da gentrificação

A luta não é de hoje,

É de sempre.

Aos nossos irmãos negros,

Inseridos em batalhas desleais.

O racismo gritado –

Propagado aos quatro ventos.

Julgados pela cor da pele,

Tão injustos,

Quanto as palavras –

Que rasgam a alma.

Como brancos,

Abrandamos a situação:

Colocando panos quentes,

E não deve ser assim.

Esta forma de tratamento,

Nunca terá um fim?

Mas o buraco é mais embaixo,

Ninguém nasceu para ser capacho.

Qual é o nosso lugar de fala?

O bom caratismo –

Adicionado a perversa atmosfera.

Os companheiros crivados de bala,

Uma política armamentista –

Alimentando os números,

Dessa incrédula estatística.

Triste término –

O pleito da gentrificação.

Baixo poder aquisitivo –

Luta social –

Gerando absurdos,

Subvertendo a lealdade.

O vislumbre do desmantelo,

Vil realidade.

Incompreensão crucial,

Sem alguma justificativa.

Por onde andará –

A serenidade dos fatos?

A sutileza dos atos?

Uma população,

Andando na via contrária ao progresso.

O governo ferrenho –

Promovendo o retrocesso,

Abarrotando os barracos com a fome

O pobre –

Favelado –

Sem alguma condição,

Lutando pela sobrevivência.

Às vezes, pedindo esmola –

Clamando por misericórdia –

Sem nenhuma clemência.

De cabeça erguida,

Na retaguarda –

Somente a vontade de vencer.

Em atropelos –

Na plateia –

Assistindo a vida perecer.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 06/08/2022
Código do texto: T7576317
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