Pleito da gentrificação
A luta não é de hoje,
É de sempre.
Aos nossos irmãos negros,
Inseridos em batalhas desleais.
O racismo gritado –
Propagado aos quatro ventos.
Julgados pela cor da pele,
Tão injustos,
Quanto as palavras –
Que rasgam a alma.
Como brancos,
Abrandamos a situação:
Colocando panos quentes,
E não deve ser assim.
Esta forma de tratamento,
Nunca terá um fim?
Mas o buraco é mais embaixo,
Ninguém nasceu para ser capacho.
Qual é o nosso lugar de fala?
O bom caratismo –
Adicionado a perversa atmosfera.
Os companheiros crivados de bala,
Uma política armamentista –
Alimentando os números,
Dessa incrédula estatística.
Triste término –
O pleito da gentrificação.
Baixo poder aquisitivo –
Luta social –
Gerando absurdos,
Subvertendo a lealdade.
O vislumbre do desmantelo,
Vil realidade.
Incompreensão crucial,
Sem alguma justificativa.
Por onde andará –
A serenidade dos fatos?
A sutileza dos atos?
Uma população,
Andando na via contrária ao progresso.
O governo ferrenho –
Promovendo o retrocesso,
Abarrotando os barracos com a fome
O pobre –
Favelado –
Sem alguma condição,
Lutando pela sobrevivência.
Às vezes, pedindo esmola –
Clamando por misericórdia –
Sem nenhuma clemência.
De cabeça erguida,
Na retaguarda –
Somente a vontade de vencer.
Em atropelos –
Na plateia –
Assistindo a vida perecer.
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