Ilusão de poucos
Qual a necessidade de tantos atropelos?
Sem nenhum intermediário -
Dando com a cara no chão.
A vida e suas incógnitas,
E nenhuma artimanha –
Para abrandar as feridas.
Corroendo os velhos marasmos,
Nas trilhas das incertezas.
A força destruidora,
No formato do mal.
Equalizando as confusões,
Isento de indagações.
Vão tomando conta,
Desfazendo os princípios –
Sem algum atributo.
Por onde andará as responsabilidades,
De quem não às têm?
A crueldade dilacerando vidas,
Desconstruindo sonhos.
A capacidade intolerante,
Vil descortina mentes sombrias.
A natureza sem refúgio,
Nem muito menos abrigo.
No fator inoperante,
Em que nada acontece –
Apenas destrói.
A questão da ilusão de poucos,
Salvaguardando inúmeras espécies.
Enquanto, a maioria devasta –
Poluindo e extinguindo –
Tudo o que existe neste processo.
Qual é mesma a razão –
Para conviver com este martírio?
Onde milhares e milhares de vidas,
São perdidas –
Não há alguma explicação.
Vão se esvaindo na tristeza,
Ou de repente,
Na contramão do destino.
Os gritos são ouvidos,
Mas nunca compreendidos.
Por um desgoverno –
Por uma humanidade –
Sem noção dos fatos.
Atordoados –
Pelos labirintos desorientados.
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