Ilusão de poucos

Qual a necessidade de tantos atropelos?

Sem nenhum intermediário -

Dando com a cara no chão.

A vida e suas incógnitas,

E nenhuma artimanha –

Para abrandar as feridas.

Corroendo os velhos marasmos,

Nas trilhas das incertezas.

A força destruidora,

No formato do mal.

Equalizando as confusões,

Isento de indagações.

Vão tomando conta,

Desfazendo os princípios –

Sem algum atributo.

Por onde andará as responsabilidades,

De quem não às têm?

A crueldade dilacerando vidas,

Desconstruindo sonhos.

A capacidade intolerante,

Vil descortina mentes sombrias.

A natureza sem refúgio,

Nem muito menos abrigo.

No fator inoperante,

Em que nada acontece –

Apenas destrói.

A questão da ilusão de poucos,

Salvaguardando inúmeras espécies.

Enquanto, a maioria devasta –

Poluindo e extinguindo –

Tudo o que existe neste processo.

Qual é mesma a razão –

Para conviver com este martírio?

Onde milhares e milhares de vidas,

São perdidas –

Não há alguma explicação.

Vão se esvaindo na tristeza,

Ou de repente,

Na contramão do destino.

Os gritos são ouvidos,

Mas nunca compreendidos.

Por um desgoverno –

Por uma humanidade –

Sem noção dos fatos.

Atordoados –

Pelos labirintos desorientados.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 05/08/2022
Código do texto: T7575793
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.