Pretensão do dom

É sempre o mesmo grito –

Sufocado –

Preso na garganta –

Desejando expandir,

Mas que por alguma razão:

É aprisionado –

Surpreendido –

Asfixiado.

Luta remota aqui dentro,

Inconstante.

Dependente,

Unicamente de si mesmo –

Para sobressair.

O dom –

É a pretensão infinita,

Batalha consciente.

Desejando desbravar –

Novos mundos.

Mas que por alguma razão,

Fica restrito em desejos.

Incongruentes desmantelos,

Que a vida oferece.

Na rendição dos contratempos,

Demasiados atropelos –

Impostos pelos destinos.

Na tenacidade –

Com que se cruzam,

Tirando-nos dos trilhos.

Não nos tornando capazes,

Porém, ensinando-nos a buscar –

Outro modo para nós capacitar.

Nesta luta desigual,

Labuta diária – Inconstante.

A questão é tão disforme,

Não gera a igualdade.

Com o corpo esguio,

A cabeça em pé –

Triunfante.

Uma guerra que nos ensina:

A sermos fortes –

Todos os dias.

Mesmo que por dentro,

Corroendo as entranhas.

Encontrando-nos em flagelos,

Às vezes, sentindo-nos derrotados –

Sem nos darmos conta:

De que somos com tal –

Guerreiros,

Neste mundo aventureiro.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 03/08/2022
Reeditado em 07/08/2022
Código do texto: T7574177
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