Espetáculo
Amanhece, suavemente.
Nas matas vê-se as folhas ainda úmidas de um orvalho que acaricia o verde e goteja na terra sedenta. Nas margens do rio, um barqueiro arruma a sua canoa para singrar pelo leito do rio que traz a ele alimentos do seu cotidiano. Algumas flores, timidamente, expõe suas cores no alvorecer, pintando o cenário com tons singelos.
Nos tons alaranjados e azuis do céu que reveste o mundo naquele fugaz momento vibra nuances de uma inspiração de vida em harmonia, onde há cor e vigor.
Um observador mais atento, capta na sua objetiva o voo sinuoso dos pássaros que avançam pelo arco ascendente do amanhecer, em sua trajetória instintiva e peculiar.
Um pintor ali se embeveceria com a imagem; um poeta traria dali sua poesia matinal, e nesse ciclo , a vida oferta beleza e graça para o barqueiro, o pintor, o poeta e o fotógrafo.
O dia fornece o pano de fundo para a natureza despertar, caprichosamente.
Prosa elaborada na Oficina da CPP sobre Imagem publicada