LONGAS ESTRADAS DE FÉ E DEVOÇÃO
Camponesas que contavam histórias das romarias num cenário sertanejo cheio de significados literários e religiosos, escreviam de forma artesanal as preces e ladainhas, faziam de cada trabalho no campo, uma oportunidade para cultivar não somente as sementes da sobrevivência, mas também a essência da liberdade e esperança.
Nas longas estradas percorridas e com as dificuldades vividas enxergavam possibilidades de mudanças, tendo como referências as lembranças de todos aqueles que acreditavam que a fé e a devoção movem montanhas, desenhando uma religiosidade capaz de expressar elementos literários da singela arte de escrever.
Bordando letras de confiança e superação, tecendo sentimentos e emoções, semeando com serenidade artesanias de orações, bonecas de pano tecidas com o trabalho e a dignidade, ajoelhadas pediram perdão com simplicidade, fazendo promessas e alcançando graças.
Artesãs das palavras do campo, flores de um jardim de esperanças, histórias preservadas no fundo da alma que expressavam a luta, a coragem e o valor da gratidão.