LONGAS ESTRADAS DE FÉ E DEVOÇÃO

 

Camponesas que contavam histórias das romarias num cenário sertanejo cheio de significados literários e religiosos,  escreviam de forma artesanal as preces e ladainhas, faziam de cada trabalho no campo, uma oportunidade para cultivar não somente as sementes da sobrevivência, mas também a essência da liberdade e esperança.

Nas longas estradas percorridas e com as dificuldades vividas enxergavam possibilidades de mudanças, tendo como referências as lembranças de todos aqueles que acreditavam que a fé e a devoção movem montanhas, desenhando uma religiosidade capaz de expressar elementos literários da singela arte de escrever.

Bordando letras de confiança e superação, tecendo sentimentos e emoções, semeando com serenidade artesanias de orações, bonecas de pano tecidas com o trabalho e a dignidade, ajoelhadas pediram perdão com simplicidade, fazendo promessas e alcançando graças.

Artesãs das palavras do campo, flores de um jardim de esperanças, histórias preservadas no fundo da alma que expressavam a luta, a coragem e o valor da gratidão.

 

 

Marcos Antônio Lenes de Araújo
Enviado por Marcos Antônio Lenes de Araújo em 30/07/2022
Reeditado em 27/03/2024
Código do texto: T7571481
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