Alma fragmentada

Alma fragmentada,

São tantos os cacos –

Que mal consigo contar.

Desfaz-se a magia,

Em meus dias –

Nada coloridos.

A sutileza à ignorância,

Cedendo o lugar.

As pessoas –

Não escutam mais:

Uma às outras.

Ouvem sim:

Aquilo que for conveniente.

Assim deixando marcas e impressões,

De arremedo do desespero -

Desafinando a harmonia.

No peito a dor física,

O descompasso do ritmo cardíaco.

Cada vez mais se atolando,

No buraco da incredulidade –

Desfavorecendo a realidade.

Até quando nos submetermos –

A esta finalidade?

Há uma distopia –

Distorcendo a dimensão.

Compactuando com os desmantelos,

Altos desmazelos.

Ainda segue em disparada,

Seguindo na mesma toada –

Da falta de compaixão.

A linha tênue da desilusão,

Tão densa em plena solidez.

O arrefecimento de sentimentos,

Congelando qualquer coração.

No desequilíbrio das ações,

Nenhuma atitude positiva –

Manipulação,

Escondendo as verdadeiras pistas.

Ah! E essa inquietude –

Que me dilacera?

Dissonante ponto de ebulição,

O que resta,

Entrando em combustão –

Não sobra nada.

Apenas este vazio,

Que deixa a sensação:

De um oco descomunal,

Em plena existência.

Dessa forma se desfaz a coexistência,

Procurando algo –

Para justificar a resiliência.

E tudo se torna:

Completamente banal,

Em meio ao caos.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 26/07/2022
Código do texto: T7568007
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