Modo aleatório

Inquietação –

Um grito na garganta –

A velocidade em alta,

Ao mesmo tempo:

O looping no abismo.

São tantas as sensações,

Tão opostas –

Quanto ao chiaroscuro.

Mas isso aqui,

É vida real –

Nada de sobrenatural.

Os sentimentos em reboliço,

Uma virada no estômago –

Tontura -

Falta de ar.

A ânsia –

Náuseas –

Como explicar?

A realidade em modo aleatório,

Não há escapatória.

O limite por um fio,

Desgovernada engrenagem.

O desejo no fundo,

De ser apenas uma miragem.

Não é ilusão –

É a dor sentida –

E não velada na carne.

Como se quebrasse todos os ossos,

De um corpo frágil.

Há circunstâncias,

Que não são descritas -

Apenas sentidas com veracidade.

O apelo e as atrocidades,

No vil metal que dilacera a derme –

Rasgando todos os vínculos existentes.

Natural –

Nefasto objetivo em transcender –

A existência.

Na crueldade que nós atinge em cheio.

Alvos frágeis e fáceis,

No tormento que nos abomina.

O flerte com a violência,

Não transmuta a coexistência.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 26/07/2022
Código do texto: T7567989
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