Modo aleatório
Inquietação –
Um grito na garganta –
A velocidade em alta,
Ao mesmo tempo:
O looping no abismo.
São tantas as sensações,
Tão opostas –
Quanto ao chiaroscuro.
Mas isso aqui,
É vida real –
Nada de sobrenatural.
Os sentimentos em reboliço,
Uma virada no estômago –
Tontura -
Falta de ar.
A ânsia –
Náuseas –
Como explicar?
A realidade em modo aleatório,
Não há escapatória.
O limite por um fio,
Desgovernada engrenagem.
O desejo no fundo,
De ser apenas uma miragem.
Não é ilusão –
É a dor sentida –
E não velada na carne.
Como se quebrasse todos os ossos,
De um corpo frágil.
Há circunstâncias,
Que não são descritas -
Apenas sentidas com veracidade.
O apelo e as atrocidades,
No vil metal que dilacera a derme –
Rasgando todos os vínculos existentes.
Natural –
Nefasto objetivo em transcender –
A existência.
Na crueldade que nós atinge em cheio.
Alvos frágeis e fáceis,
No tormento que nos abomina.
O flerte com a violência,
Não transmuta a coexistência.
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Blog Poesia Translúcida