UM AMANHECER
UM AMANHECER
O dia nascia escala cromática, acendendo aos poucos as luzes do céu. Na praia subiam e desciam ondas sublimando espumas mortas ao bater na areia. Azul, rosa, vermelho, amarelo, branco, cinza, cor a cor enchiam os olhos de visões até o horizonte. Sons, apenas o marulhar e o esganiçar das garças flanando sua brancura a busca do que pescar. Maresia tomava o ar, aroma de peixe invisível, nadando afogado nas águas salgadas. Pé ante pé, para não assustar o quadro, ia em frente deixando rastos, logo apagados pela maré. Pensava apenas felicidade, nada mais. Tempos passados, vivos ainda na cabeça de praia.