CARTAS DE SAUDADE (Fragmento I)
Quando se sente o peito apertado, já não se sabe ao menos explicar o porquê. Aliás, acredito ser isto o que menos importa nesse momento. Ora ou outra ele dói. É natural que seja assim. Pois que me persista em mim próprio como humilde humano. Eu queria desenhá-lo, o órgão, para todas – motivos desta submetida –, mas não me dou bem com a arte a lápis. Ademais, nesses últimos viveres, sinto-me breve, resumido ou escapolido, inserido nessas viagens confessionais.
Motivo primeiro é minha fonte de vida, que me permitiu a luz. Que Deus a tome os passos. Se bem que, toda caseira, deveras estando em casa protegida à paisagem de um irmão dito José, que há mais ou menos quando eu menino de leite santificaram-no, os pobres, de visitante humilde. Irmão, guarde-a para mim, pois sinto-me tanto à sua ausência . . .
(Continua).
Escrito em 2013.