Capaz de mensurar
Ninguém é capaz de mensurar a dor do outro,
Porém, tem a capacidade de provocar tal agonia.
Mesmo não demonstrando,
Cada um tem a sua –
E imperfeitos não nos damos conta disso.
Na grande maioria do tempo,
Olhando para o próprio umbigo –
Em um egoísmo desmedido.
Ninguém é obrigado a nada!
Cada um tem o seu livre arbítrio,
Em suma, faz as suas próprias escolhas.
Se bem que na verdade,
Habitamos uma grande ilusão.
O Planeta Terra –
Um lugar de esmerada perfeição.
Porém, a humanidade –
Envolvidos no jogo de manipulação.
De um lado para o outro jogados,
Na detenção de resultados macabros.
Numa disputa desleal de poder,
Aniquilando os mais fracos –
Em total desfasatez.
No momento em que a vida,
Torna-se irrisória.
Apenas mais um número,
Em plena estatística.
Sem consentimento –
E nem ao menos o sentimento.
A turbidez espalhada,
Em pleno caos.
Pela falta de solidariedade,
E compaixão.
Vil constatação –
De uma sobrevivência sombria.
A realidade diferente,
Daquela que se imaginou.
Nos desejos –
Que se transformam em insalubres,
Pagando um alto preço.
Entregue a desarmonia,
Deixado às traças –
Acumulando poeira,
Lembrado de quatro em quatro anos –
Para por em prática,
Sórdidos planos.
A resiliência –
Continua mandando contra a correnteza,
Com ou sem não destreza.
Nau a deriva –
Sem nenhuma perspectiva.
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