Capaz de mensurar

Ninguém é capaz de mensurar a dor do outro,

Porém, tem a capacidade de provocar tal agonia.

Mesmo não demonstrando,

Cada um tem a sua –

E imperfeitos não nos damos conta disso.

Na grande maioria do tempo,

Olhando para o próprio umbigo –

Em um egoísmo desmedido.

Ninguém é obrigado a nada!

Cada um tem o seu livre arbítrio,

Em suma, faz as suas próprias escolhas.

Se bem que na verdade,

Habitamos uma grande ilusão.

O Planeta Terra –

Um lugar de esmerada perfeição.

Porém, a humanidade –

Envolvidos no jogo de manipulação.

De um lado para o outro jogados,

Na detenção de resultados macabros.

Numa disputa desleal de poder,

Aniquilando os mais fracos –

Em total desfasatez.

No momento em que a vida,

Torna-se irrisória.

Apenas mais um número,

Em plena estatística.

Sem consentimento –

E nem ao menos o sentimento.

A turbidez espalhada,

Em pleno caos.

Pela falta de solidariedade,

E compaixão.

Vil constatação –

De uma sobrevivência sombria.

A realidade diferente,

Daquela que se imaginou.

Nos desejos –

Que se transformam em insalubres,

Pagando um alto preço.

Entregue a desarmonia,

Deixado às traças –

Acumulando poeira,

Lembrado de quatro em quatro anos –

Para por em prática,

Sórdidos planos.

A resiliência –

Continua mandando contra a correnteza,

Com ou sem não destreza.

Nau a deriva –

Sem nenhuma perspectiva.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/07/2022
Código do texto: T7563682
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