Liberdade em labirintos

A falta de sutileza vem abastecendo os dias,

Os humanos e sua realeza,

Transformando a nostalgia.

Como sobreviver as guerras cotidianas?

A cada novo amanhecer uma luta –

Uma nova batalha,

Mediante as falhas.

As atitudes como moeda de troca,

Agindo por conveniência.

Pode mais –

Se dar bem –

Conforme a falha de caráter,

Agindo na maior cara de pau.

Não interferem nas mazelas,

Olhando para o próprio umbigo –

Do outro desfazendo o abrigo.

A atmosfera poluída com a discórdia,

E total insensatez.

A mente entorpecida –

Embriaguez.

Em uma história,

Onde não há o mocinho –

Somente vilões.

Enquanto, permanecemos envolvidos,

Com as velhas questões.

A todo momento,

Surgindo novas perguntas –

E nenhuma resposta.

Quem tem coragem –

De dar a cara a bater?

Um novo mártir!

Na maquiagem,

Combatendo a própria violência –

Que provocou.

As máscaras em perfeito estado de conservação,

Entretanto, o pobre vive a míngua –

Sem nenhuma solução.

Confraternizando as poucas conquistas,

Breve respiro de alívio -

Daqui a pouco nova porrada.

Nada levamos daqui,

Nem mesmo a dignidade.

A memória manchada,

Da reputação ilibada.

A liberdade soa –

Como um imenso labirinto.

Sem sabermos o que com ela fazer –

Até quando?

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/07/2022
Código do texto: T7563657
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