Nenhum tostão
O que está acontecendo com as pessoas?
Parece que falta o discernimento com o trato alheio.
Estamos nos perdendo por caminhos obscuros –
Pouco iluminado.
A fumaça nefasta vem nos asfixiar,
Ou hipnotizando alguns –
Fazendo-nos vibrar em baixa frequência,
Tirando-nos do eixo.
Tenebrosa falta de compaixão,
Alucinógena equação.
Quem é o justo?
Quem será o pecador?
Nesta disforme distopia,
Tão inconsequente em dias atuais.
Quisera uma boa parcela da população,
Se esta atmosfera fosse menos compactada.
Nesta guerra ilusória,
Onde cada um tem a sua opinião –
Onde todos desejam ter a razão.
Proliferando a desordem,
Em notícias falsas –
Ou sem alguma serventia,
Que não nos levam a nada.
Pelo prazer em disseminar o caos,
Em uma triste realidade -
A mesma que nos impede a felicidade.
Emaranhando-nos neste arremedo de sobrevivência,
Repleto de julgamentos cruéis.
Onde vale mais o cristão e o crente –
O fiel.
Despojando-se em vida mentiras,
Na subtração do prazer.
Uma enxurrada de falso moralismo,
A torto e a direita –
Onde o fascismo reina à espreita,
Contaminada regalia.
O que será de nós:
Pobres mortais -
Sem onde cair morto?
Para eles somos apenas joguetes em suas mãos,
Não valendo nenhum tostão.
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Blog Poesia Translúcida