Universo de tua essência
Quando de desertos me fiz, vesti miragens de ti para que a solidão se iludisse e às vezes deixasse um sorriso entrar no meio da minha tristeza. Eu tinha ventos, os quais sopravam sem direções, apenas tentando alcançar esperanças.
E então quando de mares um dia eu fui, deixei desaguar rios de emoções pelas bordas de minhas praias nuas. Era o doce de teu amor ao encontro da imensidão do meu por ti.
E das paisagens diversas, das mais raras belezas, que o universo de tua essência permitia-me explorar, fui complexidade, caminhando meus areais e navegando tua superfície, depois mergulhando tuas águas mais profundas, para estar inteiramente em ti.
E assim fui luar jogado no céu de tua boca, iluminando o chão de tua língua em beijos que roubavam estrelas dos teus olhos.
Deixei madrugadas inteiras em mim, pelos meus desejos que percorriam teu corpo nu, só para dar-me em amanheceres no teu sorriso lindo. E nos teus braços fui sol nascendo pelas quenturas de tua pele e pelas delícias de teus cheiros.