Ensurdecedora loucura

Logo cedo –

O som do silêncio é interrompido.

Não por trovões,

Ou outro barulho qualquer da natureza.

Tão ensurdecedor quanto,

Mas não impõe beleza.

Os estampidos –

Criados pelos humanos:

Armas de destruição,

E para aniquilação.

Onde estamos de fato seguros?

Os disparos –

Em qual direção?

O estresse –

O rastilho de pólvora,

A qualquer momento –

Pode eclodir.

Permanecemos em alerta,

Neste jogo cruel –

Sem alguma chance de defesa,

Sobreviver é uma proeza.

Qual é o ser munido,

Com tamanha destreza?

A vida insurgindo em atos de bravura,

Anestesiados –

Caminhando a passos acelerados,

Em meio a aventura –

Ou quem sabe talvez loucura.

A resiliência abastecida de desafios,

O corpo por um triz –

A alma na direção da luz.

Quais os pecados cometidos,

Em meio a diretriz?

Tamanha desfasatez,

Ignorante insensatez.

A arrogância dominando os pólos,

Como um enredo de novela.

Onde os mocinhos –

Nunca se dão bem.

A dor e o sofrimento,

A maioria entretém.

Num sadismo desmedido,

Nada convenientes em conchavos –

Persistentes,

Total incapacidade de coexistir.

São máquinas,

Ao ponto de passar por cima de tudo,

Rolo compressor –

Nada promissor.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 17/07/2022
Código do texto: T7561702
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