Inconstante aventura
Em meio as tempestades,
Vão se abrandando as nuances.
Já passei por situações piores –
E as venci – Suportei!
Nada em ter que esperar –
A vontade alheia.
Os percalços,
São os propulsores –
Que nos levam mais além,
Do que a nossa capacidade –
De sobrevivência.
A metamorfose humana,
Como armadura -
Silenciando a grande tormenta,
Que se faz lá fora.
Toda dignidade travestida,
Não mais ultrajada.
Mesmo a passos lentos,
Ganham ritmo e destreza.
Às vezes, com naturalidade,
Outras tantas vêm a maldade.
Acomodando-nos pelos caminhos,
Fazendo-nos sangrar.
Não há atalhos,
Não existem os instantes de paz –
Na incapacidade de momentos,
Que nos afugentam os êxtases.
Nenhum instante de glória e poder,
As gentilezas deixadas ao leu –
Desfazendo-se como papéis à deriva,
Desmanchando-se feito poeira ao vento.
Entregues às traças em meio as injustiças –
Acirrados julgamentos,
Atrozes –
Rasgando na carne,
Cremando a alma.
Por que tudo tem que ser tão desigual?
Tão desumano quanto a nossa falta de perspicácia -
Em progredir!
Sobrevivemos em um plano,
Completa loucura –
Sem sabermos o dia de amanhã,
Nesta inconstante aventura.
Dilacerando os ossos –
Fomentando a perversidade.
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