Inconstante aventura

Em meio as tempestades,

Vão se abrandando as nuances.

Já passei por situações piores –

E as venci – Suportei!

Nada em ter que esperar –

A vontade alheia.

Os percalços,

São os propulsores –

Que nos levam mais além,

Do que a nossa capacidade –

De sobrevivência.

A metamorfose humana,

Como armadura -

Silenciando a grande tormenta,

Que se faz lá fora.

Toda dignidade travestida,

Não mais ultrajada.

Mesmo a passos lentos,

Ganham ritmo e destreza.

Às vezes, com naturalidade,

Outras tantas vêm a maldade.

Acomodando-nos pelos caminhos,

Fazendo-nos sangrar.

Não há atalhos,

Não existem os instantes de paz –

Na incapacidade de momentos,

Que nos afugentam os êxtases.

Nenhum instante de glória e poder,

As gentilezas deixadas ao leu –

Desfazendo-se como papéis à deriva,

Desmanchando-se feito poeira ao vento.

Entregues às traças em meio as injustiças –

Acirrados julgamentos,

Atrozes –

Rasgando na carne,

Cremando a alma.

Por que tudo tem que ser tão desigual?

Tão desumano quanto a nossa falta de perspicácia -

Em progredir!

Sobrevivemos em um plano,

Completa loucura –

Sem sabermos o dia de amanhã,

Nesta inconstante aventura.

Dilacerando os ossos –

Fomentando a perversidade.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 17/07/2022
Reeditado em 18/07/2022
Código do texto: T7561678
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