De olhos fechados
Fecho os olhos –
Uma forte ventania em meus cabelos.
Será que ela me fará cair?
A sociedade –
As pessoas –
Ensinaram-me que devo suportar...
Sem uma lágrima sequer –
Ser forte!
Nada arranhará a pele.
Porém, na alma:
Deixam as suas cicatrizes.
Momentos velados –
Para quê alardear?
Os humanos não querem saber –
Aonde é que dói.
Só querem tirar proveito –
Daquilo que se tem a oferecer.
Talvez tenham,
As suas próprias tempestades.
O ter que lidar em fazer um papel,
Principalmente, ser aceito.
Contudo, é uma perca de tempo,
Pensamentos forjados na ilusão compartilhada -
Como presente a solidão.
Pelo contrário,
Nunca se está sozinho –
Quando se aceita a própria companhia.
O interior é o universo vasto de certezas,
Quando possui uma perfeita imaginação.
Em traços particulares,
Iluminada inspiração.
No profundo do nosso ser,
Nunca estamos sozinhos.
A realidade é limitada,
Não condiz com os sentimentos –
Aprisionados na terceira dimensão.
Fora daqui,
Bilhões de possibilidades.
Entretanto, a grande maioria se prende:
Ao pessimismo,
Sem a menor inviabilidade do sobrenatural.
Rendo-me –
Entrego-me –
De corpo e alma.
Volitando por um imenso céu,
Repleto de estrelas.
***
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