De olhos fechados

Fecho os olhos –

Uma forte ventania em meus cabelos.

Será que ela me fará cair?

A sociedade –

As pessoas –

Ensinaram-me que devo suportar...

Sem uma lágrima sequer –

Ser forte!

Nada arranhará a pele.

Porém, na alma:

Deixam as suas cicatrizes.

Momentos velados –

Para quê alardear?

Os humanos não querem saber –

Aonde é que dói.

Só querem tirar proveito –

Daquilo que se tem a oferecer.

Talvez tenham,

As suas próprias tempestades.

O ter que lidar em fazer um papel,

Principalmente, ser aceito.

Contudo, é uma perca de tempo,

Pensamentos forjados na ilusão compartilhada -

Como presente a solidão.

Pelo contrário,

Nunca se está sozinho –

Quando se aceita a própria companhia.

O interior é o universo vasto de certezas,

Quando possui uma perfeita imaginação.

Em traços particulares,

Iluminada inspiração.

No profundo do nosso ser,

Nunca estamos sozinhos.

A realidade é limitada,

Não condiz com os sentimentos –

Aprisionados na terceira dimensão.

Fora daqui,

Bilhões de possibilidades.

Entretanto, a grande maioria se prende:

Ao pessimismo,

Sem a menor inviabilidade do sobrenatural.

Rendo-me –

Entrego-me –

De corpo e alma.

Volitando por um imenso céu,

Repleto de estrelas.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 17/07/2022
Código do texto: T7561665
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