Uva Roxa, Videira Seca
Sinto que roxa e suculenta é a uva, mas seca é sua matriz... Seca é sua raiz...
Entre brumas, brisas, umas e outras poesias de arquétipos, incisivas, caladas e prolixas, eu vejo muito, muito... E falo pouco, mas quero falar mais...
Bem, minto... Falo muito, tanto que não penso nada. Na verdade, quero dizer mais, dizer com a mente, com medo de não temer...
Já que me é uma ânsia falar, é melhor chegar ao ponto... Chegar ao ponto; eis a questão. E que ponto? Se for o “g”, deixe comigo... Eis a questão...
E a libido? Nem me fale; eu mesmo falo...
Em meu Império, meu Neuro–Império, perdoei tão somente meu próprio sangue... Sem perdão ficaram até as damas da Sacra Igreja de Cristo... Ele foi quem me perdoou...
A uva ainda é roxa, a videira ainda é seca... Contudo, sei que o solo em que piso é regado pelo céu.