O POETA DO INFINITO
O poeta do infinito desenhava seus versos pelos céus dos tempos. Rimava as cores da vida com amores e dores entre existências fugazes. Desenhava o silêncio com o tênue mistério de mundos que ainda não foram descobertos entre as galáxias de outrora. Pois, assim, criava outros mistérios onde apenas a alma canta seus sonhos, na melodia sublime que transcende os impérios passageiros dos séculos, entre enigmas e sopros de poeira cósmica.
E, enquanto contemplava as estrelas sublimes do universo em sua geometria sagrada, o poeta do infinito passou a escrever alguns versos entre os planetas de seus devaneios:
MISTÉRIO TRANSCENDENTE
Existem tantas coisas que não se explicam,
O sentido da vida é o mistério do mundo,
É o universo das palavras jamais ditas,
É o que existe na alma de mais profundo...
Somos todos mistérios para nós mesmos,
Somos todos impérios de perguntas sós,
Entre os reflexos de sonhos, vagando a esmo,
No labirinto infinito que habita em nós!
E, lá fora, enquanto a noite voa,
Enquanto o céu ecoa o brilho do luar,
Muitos falam de amor, como palavra boa,
Mas poucos conseguem, no fundo, amar?
Hoje não sei o que dizer no fim,
Não sei se é cômico, estranho ou sério,
Mas o sentido de tudo que passa, assim,
Ultrapassa a mente humana, em seu mistério.
Mas, diante de tantas estrelas e mistérios, muitos perguntariam: quem seria esse poeta do infinito? Todos nós somos um pouco dele, enquanto a vida nos escreve a nos rimar? Talvez não haja definitiva resposta. O infinito escreve para quem consegue ver além das aparências, entre tantos mistérios da vida e do universo, nessa célere transcendência de cada momento, desenhando o caos e a cura no coração e nos céus cada existência.
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