Nada mais vibra
Veremos o que daqui sai,
Desse oco que se transformou a mente –
Com o corpo em completa exaustão.
O tom cinzento ecoando,
Sobrevoando no espaço condensado.
Nenhuma luz limita a sombra,
A gentileza perdida no local.
Equalização infinita do estardalhaço,
Fulminando em meu ser.
A divindade translúcida,
O emaranhado de sensações.
As virtudes sobrenaturais,
Do que falava antes?
Quem é que presta a atenção?
Quem é que deseja saber?
Para falar a verdade:
Ninguém!
É tudo um desmantelo,
O paralelo em construção –
Convergindo-se não sei para onde.
A humanidade limitada,
Por esta realidade tenebrosa –
Não condiz com a felicidade.
Infinita quimera –
A pequena lucidez,
Em meio à insensatez.
Nada mais vibra,
E sim, perde-se em meio ao caos.
Na falta de virtude,
Com tudo se acabando.
Principalmente, a humanidade:
Extinguindo-se.
No futuro próximo,
Não existirá mais nenhum vestígio –
De nossa passagem na Terra,
Viraremos pó.
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