Onde está a razão
Atmosfera de tensão –
Medo!
O som do rastilho de pólvora –
Aceso!
A qualquer minuto:
A explosão!
Os estampidos,
Ecoando por nossos ouvidos.
Completa contradição,
De um mundo surreal –
Inóspito.
A figura turva e sombria -
Amedrontando-nos,
A falsa cortesia do dia a dia.
Negligência programada,
Tudo na hora marcada.
Na desconstrução do belo,
Aparência gélida –
Totalmente sem cor.
Seria desejar demais:
Um amanhecer mais iluminado,
Para o descortinar o nascer do sol perfeito?
O que fazemos:
Senão resistir –
Entre topadas e atropelos.
De datas que seguem à fio,
No desconcertante –
Arremedo de uma existência.
Sem o elo,
E toda consistência.
O indivíduo fora do mapa,
Excludente vivência.
Provocando um oco –
O ócio –
Triste persistência.
Desmantelo total,
Na incumbência do inacreditável.
A vida por um milímetro,
No isolamento –
À mercê de pensamentos.
Ou ideias divergentes,
Ninguém sabe onde está a razão.
Uma luta diária implacável,
Entre o bem e o mal –
Sem saber quem é quem,
O caos e suas estratégias –
Reverberando na linha atemporal,
Resistindo ao vendaval.
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