Onde está a razão

Atmosfera de tensão –

Medo!

O som do rastilho de pólvora –

Aceso!

A qualquer minuto:

A explosão!

Os estampidos,

Ecoando por nossos ouvidos.

Completa contradição,

De um mundo surreal –

Inóspito.

A figura turva e sombria -

Amedrontando-nos,

A falsa cortesia do dia a dia.

Negligência programada,

Tudo na hora marcada.

Na desconstrução do belo,

Aparência gélida –

Totalmente sem cor.

Seria desejar demais:

Um amanhecer mais iluminado,

Para o descortinar o nascer do sol perfeito?

O que fazemos:

Senão resistir –

Entre topadas e atropelos.

De datas que seguem à fio,

No desconcertante –

Arremedo de uma existência.

Sem o elo,

E toda consistência.

O indivíduo fora do mapa,

Excludente vivência.

Provocando um oco –

O ócio –

Triste persistência.

Desmantelo total,

Na incumbência do inacreditável.

A vida por um milímetro,

No isolamento –

À mercê de pensamentos.

Ou ideias divergentes,

Ninguém sabe onde está a razão.

Uma luta diária implacável,

Entre o bem e o mal –

Sem saber quem é quem,

O caos e suas estratégias –

Reverberando na linha atemporal,

Resistindo ao vendaval.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 09/07/2022
Código do texto: T7555696
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