Fio invisível

Há dias em que a sensação de impotência,

Toma de assalto -

Como se quisesse me tirar do eixo.

Impera uma tristeza –

O luto.

Algo morre sempre,

E não sabemos distinguir.

Espalha-se caquinhos por dentro,

Sem contar com alguém –

Para recolher.

Por mais que tentamos,

Toma conta o desespero –

Condensa-se em formas surreais,

Tomando proporções viscerais –

Deixando o grito -

Preso na garganta,

Esvaindo-se pelos olhos.

Quando paramos...

Imaginamos que poderia ser pior,

Mesmo com as mãos e os pés atados –

Por um fio invisível,

Criado por nossas mentes.

Por mais que criamos barreiras –

Mecanismos –

De certa maneira nós atinge em cheio,

Com sua aura acinzentada.

Acredito que o motivo,

Para esta tormenta,

Seja a desestabilização.

De jeito cruel –

Para manipular a grande massa.

Os dias atuais,

Poderiam ser menos sombrios.

Mas a humanidade,

Não sobrevive sem o caos,

Inserido em sua rotina.

E faz questão de disseminar,

Para saciar a gula –

Pela crueldade.

Onde a ganância,

E até mesmo a maldade,

Falem mais alto –

Gritando em nossos ouvidos,

Atormentando-nos.

E não deveria –

Ser assim.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 05/07/2022
Código do texto: T7552786
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