Fio invisível
Há dias em que a sensação de impotência,
Toma de assalto -
Como se quisesse me tirar do eixo.
Impera uma tristeza –
O luto.
Algo morre sempre,
E não sabemos distinguir.
Espalha-se caquinhos por dentro,
Sem contar com alguém –
Para recolher.
Por mais que tentamos,
Toma conta o desespero –
Condensa-se em formas surreais,
Tomando proporções viscerais –
Deixando o grito -
Preso na garganta,
Esvaindo-se pelos olhos.
Quando paramos...
Imaginamos que poderia ser pior,
Mesmo com as mãos e os pés atados –
Por um fio invisível,
Criado por nossas mentes.
Por mais que criamos barreiras –
Mecanismos –
De certa maneira nós atinge em cheio,
Com sua aura acinzentada.
Acredito que o motivo,
Para esta tormenta,
Seja a desestabilização.
De jeito cruel –
Para manipular a grande massa.
Os dias atuais,
Poderiam ser menos sombrios.
Mas a humanidade,
Não sobrevive sem o caos,
Inserido em sua rotina.
E faz questão de disseminar,
Para saciar a gula –
Pela crueldade.
Onde a ganância,
E até mesmo a maldade,
Falem mais alto –
Gritando em nossos ouvidos,
Atormentando-nos.
E não deveria –
Ser assim.
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