Dissonante manipulação

Uma ventania imperceptível –

É o que desejo a varrer todo o mal para longe,

Distante da atmosfera que nos asfixia.

Como é desconcertante –

Viver da forma apresentada.

O medo surreal correndo por veias quentes,

No lugar da adrenalina.

A tempestade monstruosa vai se formando,

Sem ao menos nos darmos conta –

Tomando de assalto – A surpresa.

Fomentando na carne,

O desespero avassalador.

O mal parece pregar as suas peças,

Tirando-nos do eixo –

Sem alguma compaixão,

Demandando muita energia –

Gasta em algo sem valor.

O paraíso deve ser do outro lado,

Porque aqui habitamos:

Entre o inferno e o purgatório,

À mercê da falta de escapatória.

As nuances orbitam o sobrenatural,

Cogitando a luta entre o bem e o mal.

A forma desvalida como tudo acontece,

Transforma-se em avalanche,

Ou nos sugando feito areia movediça –

Retirando as nossas forças de propósito.

Por mais que busquemos um alento,

Na verdade não existe.

É apenas quimera –

Uma ilusão –

Entorpecendo os sentidos,

Dissonante manipulação.

O som ameaçador forte e triunfal,

Ao ponto de invadir as nossas casas.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 04/07/2022
Código do texto: T7551981
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