Loucura diária
A minha lucidez –
Por onde anda?
Tento buscá-la –
Em meio à loucura diária,
E afazeres domésticos.
Às vezes, sinto-me tonta,
Numa espécie de corda bamba.
Os escritos –
Entorpecendo-me.
A satisfação –
Em meio à tormenta.
O refúgio –
Para encarar uma nova questão.
É tão salutar,
Manter-me distante de alguns:
Aqueles em que nada acrescentam.
Na indiferença,
Procurando o abrigo e proteção.
Naufragando no próprio eu,
Talvez num alter ego que se julga superior,
Mas nunca melhor do que alguém -
No entanto, frágil como o gelo no calor,
Julgo-me – Ninguém!
Permito-me –
Permeio-me –
Nesta busca redundante,
Por alto conhecimento.
Com a ajuda de seres invisíveis,
E incompreendidos pela humildade.
A vida –
É tão frágil em momentos atuais.
Sem saber se estaremos aqui,
No próximo segundo.
Pensar –
Escrever –
É o que me mantém minimamente sã,
Em plena discordância –
Com uma sociedade fútil,
Cheia de regras e convenções hipócritas.
Por isso, fico perdida em meio à tudo isso,
Contemplando as poesias –
Em minha mente fértil –
Nada fútil.
Desenhando nos pensamentos:
Outros episódios,
Para os fatos cotidianos.
Recriando outro enredo,
Quem sabe,
Mais interessante.
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