Antes de tudo
Fico aqui maquinando em meu imaginário,
Observando o mundo através dos andares –
De uma construção.
Como foi este lugar antes de tudo –
Com a sua exuberância:
Em completo verde?
Os meus olhos pregam uma peça,
Desfazendo a intervenção humana –
De tijolos, cimento e asfalto,
Também a torre de fumaça –
Que encobre quase tudo.
São árvores e flores,
Ornamentando para todos os lados.
A natureza não poderia senão,
Ser a mais perfeita.
Porém, de volta a realidade,
Refazendo o foco –
Vejo apenas um amontoado de poluição.
Percebo como poderia ser diferente,
Se não fosse a ocupação e destruição humana.
Somos seres tão insignificantes,
Incapazes de um olhar –
Com mais sensibilidade.
Em nossa perspicácia,
Há somente a fome por devastação –
À procura de recursos,
Fomentando os bens e acúmulos de riquezas.
A natureza empenhada a nós favorecer,
Com o que é necessário –
Para a nossa sobrevivência,
Não visando na escassez de recursos.
Com o andar da carruagem,
Tudo acabará.
***
Blog Poesia Translúcida