Amplitude da expansão
Tenho o costume de perguntar:
- Quem eu sou?
Neste mero devaneio incongruente,
Fechando-me para todos –
Com medo de sofrer.
Mas as pessoas –
Têm uma triste mania.
De querer se prevalecer,
Diante da fraqueza alheia.
Só consigo enxergar,
A ingratidão em seus olhares.
A vida que desejei,
Foi totalmente diferente –
Da planejada.
(Isso é, se houve o planejamento.)
Talvez tivesse uma visão equivocada,
Do que seria o paraíso.
A dimensão é aleatória e abstrata,
Ao contrário do que poderia imaginar.
O que desejo,
É apenas a amplitude –
Da expansão.
Para que tudo seja notório e perspicaz,
Diferente de tudo o que presenciamos.
Diante de fatos distorcidos,
Sinto-me presa como antes –
Como havia me sentido.
O meu corpo físico cansado,
Diante de uma mente –
Inquieta e febril,
Ávida por novidades –
Por viver o que nunca antes presenciado.
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