Amplitude da expansão

Tenho o costume de perguntar:

- Quem eu sou?

Neste mero devaneio incongruente,

Fechando-me para todos –

Com medo de sofrer.

Mas as pessoas –

Têm uma triste mania.

De querer se prevalecer,

Diante da fraqueza alheia.

Só consigo enxergar,

A ingratidão em seus olhares.

A vida que desejei,

Foi totalmente diferente –

Da planejada.

(Isso é, se houve o planejamento.)

Talvez tivesse uma visão equivocada,

Do que seria o paraíso.

A dimensão é aleatória e abstrata,

Ao contrário do que poderia imaginar.

O que desejo,

É apenas a amplitude –

Da expansão.

Para que tudo seja notório e perspicaz,

Diferente de tudo o que presenciamos.

Diante de fatos distorcidos,

Sinto-me presa como antes –

Como havia me sentido.

O meu corpo físico cansado,

Diante de uma mente –

Inquieta e febril,

Ávida por novidades –

Por viver o que nunca antes presenciado.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 17/06/2022
Código do texto: T7539380
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