Labirintos fúteis
Distante do fato,
De querer ser –
E não me tornar.
Sou uma mera humana,
Ocupando este espaço –
Tão desvalido,
Quanto a um compasso enferrujado.
As minhas aptidões,
São com as letras.
Enquanto, aos utensílios domésticos,
Atrapalho-me!
Às vezes, até me dou bem.
Mas o talento que possuo,
Sacia a alma.
Porém, as pessoas estão mais preocupadas,
É com o físico –
O que é palpável.
O alimento do corpo,
Este sim, é valorizado.
As palavras –
Perdem-se nos ouvidos.
Acabam se diluindo,
Por entre os labirintos fúteis –
Das necessidades.
Não me importo!
Algum dia –
Chegará o doce momento.
Não quero tudo!
Apenas obter o necessário,
Principalmente, o discernimento.
Para sobreviver –
A esta selva de pedras.
***
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