Flagelo pelo corpo
Fortes correntes –
Tentam nos puxar para baixo.
Com todas as forças –
Lutamos a nos manter de pé.
Grilhões –
Aprisionando as mentes.
Falsas promessas arrasadoras,
Ecoam feito avalanches –
Levando o que encontra pela frente.
Gélido martírio –
A perversão do mal em abundância,
Impondo o flagelo pelo corpo.
Não são lapsos –
Que nos levarão ao progresso.
As ideias distorcidas,
Em seu próprio favor –
Equiparando-se a lealdade,
Mas não é o que encontramos –
Pelo caminho.
Dispondo-se em flores artificiais,
Com verdadeiros espinhos.
Dilacerando o que mais de precioso,
Submetendo-nos a árdua jornada.
Pedras e mais pedras, as horas dolorosas,
Em descompasso aterrorizante.
Em gritos ecoando apavorantes,
Numa bizarra escalada.
Impossibilitando o desenvolvimento,
Condenados por leis –
Injustas e desfavoráveis.
Mercenários do congresso,
Hipócritas e moralistas.
Vendidos à hipocrisia,
O fedor da burguesia.
Chorume da sociedade,
Sangrenta realidade.
Tomando de assalto,
Uma população inteira submetida,
Vivendo em sobressaltos.
Sem possuir uma alimentação decente,
O dia do amanhã na incerteza.
Na resiliência descrente –
Infinita - Jaz a pureza.
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